Olá você!
Nosso trabalho com Vozes, nos conduz a diversos caminhos entre eles o da locução.
A locução é conhecida como um produto da audiovisual, de rádio, mas além disso, é um processo narrativo em que se dá vida a situações e textos através da voz.
Como canta Arnaldo Antunes, antes da escrita existiu a VOZ!
A locução é amplamente usada em diversos setores como: jornalismo, carros de som, peças publicitárias, chamadas promocionais e institucionais, mensagens de espera telefônica e atendimento eletrônico. Porém, ainda impreciso especificar a data da primeira locução oficial.
No Brasil, um dos pioneiros a narrar um jogo de futebol foi Nicolau Tuma pela Rádio Educadora Paulista, aproximadamente em 19 de junho de 1932.
O Jovem Tuma tinha apenas 20 anos de idade quando fez a primeira narração. Tinha como hábito visitar os vestiários e características físicas dos atletas para falar detalhes durante o jogo, numa época em os comerciais eram escassos. Tuma ainda foi muito reverenciado por falar nada menos que uma média de 250 palavras por minuto!
Depois dessa informação ninguém mais vai dizer que a mãe fala demais (risadas), é só contar as palavras!
Mas o jovem Tuma ainda tem outra aventura: suas narrações começaram a atrair tanto público para o estádio, que num jogo em 1937, o moço ficou sem lugar para observar e narrar o jogo, tendo que passar o jogo em cima de uma escada, com visão para o campo; pois as cabines de narradores foram implementadas muitos anos depois.
O locutor de rádio é aquela pessoa que, por meio de uma estação radiofônica, solta sua voz ao transmitir informações, fazer comentários, entrevistas, propagandas, interage com o público.
Um Locutor Radialista é uma pessoa muito versátil no meio da comunicação, muitas referências nessa área indicam que em tempos anteriores o locutor começava sua carreira imitando outros radialistas. Atualmente existem escolas de rádio, faculdades de comunicação e cursos específicos na área.
As pesquisadoras e fonoaudiólogas Borrego e Oliveira chamam atenção para a importância do trabalho fonoaudiólogo com esses profissionais, por que os locutores têm demandas vocais muito específicas que requerem uma abordagem de atuação bem direcionada.
De acordo com as pesquisadoras, entre 2005 e 2007 houve uma mudança no objeto de pesquisa relacionada ao tema, se até 2005 o enfoque de estudos na área era voltado para as especificidades da voz do LOCUTOR, após esse período o objeto era sobre a contribuição de técnicas e exercícios para a qualidade e saúde vocal dos locutores. Assim, percebe-se uma preocupação com a prática fonoaudiológica junto a essa categoria profissional.
Para Francisco Souza, profissional na área, o locutor tem que exercitar a dicção, respiração e conseguir falar de forma calma, compreensível e natural.
Já a diferença entre locutor e o ÂNCORA podem ser vistas do seguinte modo: um locutor pode ser um âncora.
Mas âncora refere-se especificamente ao apresentador de um programa jornalístico de televisão. O enfoque do seu trabalho é na apresentação, evitando expor críticas e opiniões.
No meio desse eixo de comunicação existe o RADIOJORNALISMO, que se trata de um tipo de prática aplicada ao profissional jornalista que trabalham em rádios. Os programas dessa linha de trabalho podem durar de segundos a horas, divulgando diversas notícias.
É comum que as estações de rádio incluam rádio jornais em sua programação, mas em casos urgentes o profissional radiojornalista pode intervir com News Flashes, os chamados plantões de urgência.
Outra expressão conhecida do meio é o Jornal Falado, geralmente sua abertura conta com uma vinheta e uma manchete de impacto. O roteiro do jornal falado inclui: apresentação de notícias locais, nacionais ou internacionais. Notícias esportivas e culturais, geralmente apresentado por dois locutores para criar maior dinamismo à apresentação.